domingo, 10 de junho de 2012

O tempo não dá tempo


Doce aurora que em mim se abre como um dia triste,
No frio orvalho que na noite escura se fez de pranto
Como lágrimas de saudades vivas que a vida chora
Por terem com as estrelas todos os sonhos ido embora

Oh! Noite, que lenta e triste se fez momento de solidão
A abraçar, angustiada alma, que gritava com o coração
Sofridas rezas que em sussurros lentos se faziam canto
Por que o sofrer muito mais que muito se fazia tanto

Sonhos perdidos, pensamentos idos, não sei pra onde
Talvez buscando outro horizonte onde talvez se esconde
Um olhar, um carinho, um dizer, que tantas vezes ouvi
Nos doce encanto de momentos que há muito eu já vivi

Quem dera o passado deixasse marcas para  se seguir
Em caminhos, estradas ou veredas que se pudesse ir,
Mesmo a alma tropeçando nos soluços que se chorou,
Buscar os sonhos que o cruel destino de nós tirou

Como a brisa que sempre indo sem nunca saber voltar
É a vida que se vive, sempre pensando que o tempo dá,
E assim para amanhã se deixa o que hoje era pra viver
Mas logo passa o tempo e o que nos sobra é o sofrer.


José João













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