quinta-feira, 28 de junho de 2012

Eu, os meus restos


Vejam como ficaram meus olhos, coração e alma.
Os olhos atirados no vazio sem mais nada querer ver,
Coração batendo em gritos sem compasso por tão triste
A alma em desespero e até duvidando que ainda existe

E aqui, dentro de mim, a valer-se desse tanto vazio
Angustia, solidão, tristeza e lágrimas se fazem vivas
Me tomam sonhos que ainda nem sei se vou sonhar
Mas me trazem os prantos que pela vida vou chorar

Um dia, quem sabe esse vazio se faça estrada para ir
A qualquer nenhum lugar, só pelo dever de existir
E sorrir risos para o tempo, só pelo prazer de fingir

Cantar canções com o vento sem ninguém para ouvir
Esconder-se em horizontes, além-mar perto do céu
E de lá deixar um olhar vagando triste assim... ao léu


José João
28/06/2.012


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