O sino da igrejinha grita uma oração
No meio da praça a palmeira solitária
Parece erguer-se ao céu para rezar
Em sua verde palma, um triste sabiá
Como se ajoelhado em frente a capela
Em trinado, parecia contar uma saudade
Que só ele mesmo sabe sentir e chorar
Porque estaria sentindo dor tão doída?
Que fazia seu gorjeio parecer um pranto?
Olhando o vazio a lhe chamar para voar
Preferia estar ali chorando com seu canto
No silêncio das seis horas, um trinado triste
Só o sabiá, na frente da igreja, parecia rezar
No sutil balanço da folha dançando ao vento
Chorava sua dor em prantos num saudoso gorjear
José João
27/08/2.024
Maravilhoso. Gostei muito de ler
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Saudações cordiais e poéticas.
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Poema: “ Ter um Cão e o Respeito … “
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