quinta-feira, 24 de outubro de 2019

A alma livre de um poeta triste

Minha alma, mesmo livre, nasceu chorando
Por tantas dores vindas e não sei de onde
Pergunto ao tempo em orações que invento
Clamo em prantos mas ninguém responde

Dou-me ao pensar no vazio de mim mesmo
Busco em sonhos, em momentos que nem sei
Que talvez tenha vivido, que perdi, ou que fui
Pedaços de mim perdidos nas dores que já chorei

Corro por horizontes que minha tristeza inventou
Crio saudades infindas com elas brinco de amor
Faço recortes do tempo para saber quem eu sou

Não quero parir versos nem cantos, só encantos
Assim minha alma em cantar ao mundo, insiste
Mas, como entender o canto livre de uma alma triste?

José João
24/10/2.019

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