terça-feira, 2 de maio de 2017

Saudade ou dor? Não sei.

Me perco no silêncio de tua ausência, mesmo a solidão
Gritando em estridente mutismo teu santificado nome.
Me deixo levar pela saudade, numa louca busca de ti,
Por ontens que se fizeram dor, e os amanhãs, sem forma,
Apenas cheios de lágrimas que brincarão em meu rosto
Escrevendo histórias que, para sempre, ali ficarão
Como se fossem a própria vida chorando tua falta.
Calo parado dentro dos sonhos que não sonhei,
Mas repletos de ti, tanto ficaste dentro de minha alma
Que até os sonhos que não sonhei... são todos teus...
Cheios de ti, dos momentos que se farão de sempre.
Fico parado no tempo, numa demência! Num vazio!
Balbucio palavras desconexas numa voz reticente...
Sem sentido, sem um não-sei-o-que-dizer e, choro...
Lembro os segredos (a dor é maior) não devia
Te-los pra ti, mas calei, não os disse e agora...agora
A dor é mais que apenas dor é o remorso contante,
Maior que eu, maior que a saudade, que a tristeza,
Maior que a angustia que fica martirizando a alma.
Hoje, o silêncio foi maior, tanto foi, que ouvi
O pensamento chamando teu nome baixinho...
Como se sentisse pena de mim.


José João
02/05/2.017

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