terça-feira, 30 de maio de 2017

Preciso de tão pouco!

Não preciso de tanto, preciso apenas de um olhar,
Um olhar que grite docemente o que a alma quer ouvir,
O que a alma precisa ouvir. Um olhar que se faça voz,
Que até se faça lágrimas, tanto a doçura do momento.
Não preciso de tanto, preciso apenas de ternas mãos
Que conversem em terno silêncio com meu rosto,
Em carícias sinceras e cegas onde os defeitos se farão 
Versos mudos, porque só a alma sentirá o momento.
Preciso de tão pouco. Não preciso de palavras estridentes
Gritando te amo, preciso do silêncio para que as almas
Se sintam plenas e confessem seus tantos segredos 
Sem medo de erros, sem medo de acertos, apenas...
Se entregando, sem medo dos amanhãs. Preciso de pouco,
De tão pouco que as vezes me assusto comigo mesmo,
Quando vejo tantos pedirem tanto. Eu?! Preciso apenas
De um beijo com gosto de amor, com gosto de vida,
Com gosto de certezas. Um beijo que faça dos outros
Pedaços de si, para que cada um seja sempre o primeiro,
Preciso de tão pouco, que talvez, quem sabe, sentado
Na beira do tempo me venha, na brisa, o que espero...
O que preciso...

José João
30/05/2.017

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