sexta-feira, 31 de março de 2017

...Foi o medo dos amanhãs

Talvez o meu silêncio seja o maior grito da solidão,
Dessa solidão que eu mesmo me permiti ao calar,
Em não deixar, talvez por medo, que minha alma
Te confessasse meus segredos, todos cheios de ti.
Hoje sinto esse vazio, essa ausência, essa falta,
Que faz meu olhar se perder no vazio do nada,
Na distância de além de mim, como se te buscasse
Nos momentos que poderiam ter sido eternizados
Com a ternura de um olhar que, não sei porque,
Nunca te dei, com palavras que sairiam da alma,
De entro de mim, dizendo de todos os sentimentos
Que me tomavam, mas... foi o temor, a incerteza
Por achar o amar tão imprevisível, me fiz silêncio,
Deixei a alma calar, deixei o tempo passar, e agora ...
Essa saudade que dói mais que todas, essa angustia
De não ter o gosto dos beijo que não trocamos,
De não ter confessado com a ternura de um olhar
Os sentimentos que eram teus. Me restou agora
Essa tanta falta de ti, esse olhar perdido no nada,
Aí finjo tua presença na saudade, nessa saudade
Que fez morada... dentro de mim.


José João
31/03/2.017
Esta imagem foi
gentilmente cedida
pela dona. Obrigado.


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