terça-feira, 27 de setembro de 2016

Meus pecados

Ah! Alma minha que em tantos pecados se perdeu!
Que há de pagar as penitências em orações cheias
De lágrimas e saudades... como fossem doloridas preces
Que o tempo ensinou rezar. Oh! Alma minha, que triste,
Chora, grita, se perde em reticências mudas quando a voz,
Entre gemidos e sussurros, sobe aos céus e desaparece
Sem  lá chegar. Alma minha, sofrida e triste amante
Que o maior pecado foi amar sem medidas, como se o amor,
Um dia, não se fizesse dor, não se fizesse saudade,
Nem angustia, nem tristeza, como se não estivesse
Em permanente cio com a solidão, quando o amar
Se torna dor, ela, a solidão, se faz espaço, se faz tempo,
Se faz blasfêmias, tanto que a alma, aflita, pergunta:
Deus onde estás? Tão grande o desespero que peca outra vez.
Mas haverei de pagar meus pecados nas penitências dadas,
E se a mim for permitido paga-los em lágrimas, prantos
E saudades, não me farei rogado, pagarei até os centavos...
De dor pelo prazer de um dia ter amado, como amei.


José João
27/09/2.016


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