sábado, 2 de julho de 2016

As faces da solidão

As vezes a solidão me assusta, em outras...
Me completa. As vezes me enche de vazios
E pensamentos perdidos no nada, me deixam
Inerte entre sonhos distantes, quase mortos, 
Se torna densa, sufocante, fazendo que respirar
Se faça soluços e faz chorar ser tão fácil!
Faz que lágrimas caiam no rosto como marcas
De histórias doloridas impossíveis de esquecer.
Faz o olhar vazio, como se nada houvesse para ver,
Disforme, do tamanho do silêncio, assusta até a alma.
Outras vezes, ela vem risonha, escolhe até o lugar
Para nos contar histórias que a gente viveu,
As vezes nos permite um silêncio gostoso de sentir,
Traz, prazerosa, momentos que vivemos, sonhos...
Sonhos que nunca cansamos de sonhar,  
Até sorrisos, tímidos é certo, mas são sorrisos
Que se desenham no rosto. Lembranças chegam
Como se fossem filmes. E ela, a solidão,
Nos abraça tão ternamente, que nem parece solidão,
As vezes ela completa a gente...


José João
02/06/2.016


Um comentário:

  1. Obrigada pela maravilhosa poesia, tu falaste ao meu coração enquanto me perdia pelas veredas de meus vazios...como sinto prazer em degustar suas composições, me fazem um bem danado!

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