quinta-feira, 30 de junho de 2016

As vezes milagres acontecem

A mim não me importa mais quem eu seja...
Caminhos! Qualquer um me serve...
Me fiz andarilho caminhando entre meus restos...
Rotas não tenho, não tenho portos para chegar,
Sem rumo, vagando nas ondas de marés
Revoltas onde os horizontes se vão sempre
Para além, para muito além de onde possa chegar.
Levo comigo tão pouco, mas de tamanho peso
Que meus ombros se curvam, a alma sangra,
Os olhos se perdem ao longe vasculhando 
Estradas vazias, perdidas,onde ninguém passou.
Passos trôpegos, incertos, sem certeza no pisar.
Ando com tão pouco, levo guardados em mim
Os tantos adeus que me disseram, as lágrimas
Que ainda não chorei, levo saudades doloridas,
Tristezas que nunca se fazem vencidas...
Só não levo sonhos, esses deixei pra trás...
Não valeriam a pena, ficaram desbotados,
Sem sentido se fariam apenas mais prantos
Mas quem sabe antes de qualquer horizonte
Encontre um sorriso que se perdeu, um olhar...
Um olhar em desespero buscando outro...
Ou quem sabe um coração sedento, com fome
De carinhos...assim como o meu!


José João
30/06/2.016


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