sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Um desconhecido



Deixa... Deixa teu adeus cravado em meu peito
Como pontiagudo espinho a sangrar-me
O coração moribundo pelo vicio de te amar,
Pelo vício de tanto te querer sem nunca ter.
Deixa que se apaguem dos meus olhos
O brilho refletido do horizonte,
De qualquer horizonte que minha alma ingenua
Tenha ido te procurar, sem te encontrar.
Deixa que meu grito seja sufocado
Pelos soluços que a dor me faz chorar
Fazendo do silêncio  minha oração mais rezada.
Me deixa aqui, deitado sobre tua saudade
Com os olhos a chorar meus prantos,
E a alma a ir buscar sonhos, que também levaste
Ou nunca me deixastes sonhar.
Vai, deixa que o tempo apague teus rastros
Para que não saibas um dia voltar, não precisa.
Vou até mudar meu nome, para qualquer nome
Um que ninguém saiba, que ninguém ouça nem diga
Assim vou mentir para mim, dizendo: Não me conheço!
Não vai passar minha dor, isso eu sei
Mas ninguém vai saber que chorei tanto...
E um dia na lápide fria, estará apenas:
Aqui jaz um desconhecido, sem nome e sem história.


José João
07/09/2.012






Um comentário:

  1. Meu amigo José ...Forte e lindo o que escreveste ...Apesar de triste conclusão é o que em muitos corações da vida !!! como o meu em caixa de ilusões !!! Resta-me a simples esperança no SOL que renasce todos os dias Com meu carinho um abraço Pedro Pugliese

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