sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Nem só o céu é infinto.


Deus, Deus. Onde estás? Não ouviste minhas orações?
Te rezei com  ladainhas, com prantos e orações novas,
Com orações antigas que pensava esquecidas. Mas ouviste?
Te rezando, senhor, minha pobre e triste alma ainda insiste

Olhaste minhas noites de agonia? Quando ela se fazia sonhos?
Viste, senhor, minha angustia, que desde sempre está comigo?
Ouviste quando meu primeiro chorar foi gritando o nome dela?
Desde o começo, tu sabes, tudo, até viver, eu fiz por ela

Deus, Tu vistes quantos jardins reguei com minhas lágrimas!
Viste que desde o começo, busco pelos tantos horizontes
Encontra-la, gritando feito louco por planícies e por montes

Deus. Tu vês toda essa minha angustia! Essa solidão infinda!  
Que dizes, Deus, dessa alma triste e desse pobre coração aflito?
- Desculpa, filho, desculpa. Pensei ter feito apenas o céu infinito


José João
07/09/2.012                                  


2 comentários:

  1. Meu amigo Que linda oração e escrita ...e suma sabedoria ...tanto me tocou que chorei a regar os jardins que belamente descrevestes pois por incrível que pareça acho que vou orar assim todos os dias restantes da minha vida não esperando que meu DEUS se desculpe por imaginar que criou apenas o Céu infinito ...Mas para ver se um único dia desta vida ELE a quem tanto amo e adoro lembra-se deste ser errante que detém si um AMOR infinito por uma mulher que hoje nem responder a ELE responde ...Desculpe o desabafo mas não me contive com a verdade dos seus escritos ...Obrigado !!! Pedro Pugliese

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  2. Pedro. Obrigado pelo comentário, mas não queria que lhe despertasse outro sentimento a não ser o verdadeiro amor.
    Sempre nossas dores nos deixam mais puros, mesmo que nos
    façam chorar ainda que seja com a alma também.Espero que, um dia, infinito como o céu, seja sua felicidade. Abraços

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