Foram tantas marcas, dores e tantas saudades
Não sei como outra dor a alma pode suportar
Dores cruas de doloridas e perversas verdades
Sentir o tremer da alma como fosse um frio
Desses que nem o céu serve mais de cobertor
Um sentir insano, cala o que não se sabe dizer
E chorar, talvez seja, o que resta à alma fazer
Ouvir, no silêncio do vazio, uma voz sem razão
Dizendo o que não se precisa nem se quer ouvir
Porque nada é maior que, naquele instante, sentir
Gritar, em desesperado clamor, qualquer oração
Que talvez nem reza seja, seja apenas um grito
Saindo como ladainha de um coração aflito.
José João
06/07/2.025
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