Quantas vezes, entre flores, perguntei a mim mesmo,
Como pode existir a beleza de tantas flores e suas cores...
Tão diferentes da tinta que o homem usa e... seus perfumes!
Acho que são anjos que as desenham, pintam e perfumam.
Como serão esses anjos? Com pincéis e cinzéis mágicos
Pintando, esculpindo e um anjo alquimista borrifando perfumes
Que devem ser fabricados em frascos divinos e invisíveis.
Quantas primaveras!! Sempre tão coloridas e inocentes!!
Quem será que lustra as pétalas das flores? Algum anjo?
As folhas se fazem súditas, os espinhos, em algumas,
Se fazem impávidos soldados a defendê-las com galhardia...
Mas beija flores e borboletas, eternamente apaixonados
Pousam em suas pétalas, acariciam, dão demorados beijos...
E se vão... na inocente promiscuidade, a beijar todas
Num insaciável desejo de a todas agradar. As vezes pergunto,
Se são as flores que mais enfeitam e perfumam o tempo...
Não pecam, sempre tão inocentes, de nada reclamam...
Enfeitam casas, quintais, templos, sempre humildes...
Porquê elas não têm alma? Ou elas são almas disfarçadas?
José João
13/04/2.023
Poema maravilhoso, sem dúvida nenhum!! :))
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Um olhar perdido, desiludido, ou talvez não
.
Beijos, e uma boa noite