Talvez tenha me perdido entre a estrada e o tempo...
Parece loucura, mas a razão as vezes é incoerente,
Os passos se perdem na estrada, apagados pelo vento
E a razão! Essa se perde sempre num pensar demente
Não sei quando me perdi, talvez... quando parei
Por medo de seguir, o horizonte era tão distante!
Ou quando corri... a solidão sempre a me perseguir
Então, levava a saudade como um pobre retirante
Tudo ficou pra trás, ainda levava solidão e prantos
E um sussurrar amargo que insistia se fazer canto
Cada um tem seu deserto e em cada um seu encanto
O encanto do meu deserto era o silêncio, ouvia tudo,
Ouvia até a alma chamando as lágrimas mais antigas
E os olhos gritavam com elas, como se eu fosse mudo
José João
11/01/2.023
Um soneto BRILHANTE que muito gostei de ler.
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Saudações poéticas
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