A noite... seus mistérios, seus silêncios e encantos...
Uma beleza misteriosa, uma mudez que se escuta...
Que se escuta com a alma que mostra, sem medo,
Todos o seus pecados, chega a gritar seus desejos...
E a noite calma, plácida e terna lhe ouve silenciosa.
E continua solene, cheia de graça, a ser apenas ... noite.
Entre os galhos das árvores, como fossem braços
Erguidos clamando aos céus o que só eles sabem...
O luar se espraia, os galhos não lhe tocam e eles
Correm soltos na grama, no tempo na paz e na alma.
Tudo é tão silêncio que nem a brisa ousa se fazer ouvir...
Lá, no meio da noite, como se esta fosse um infinito templo,
Imagina-se palácios, rios correndo sem paradas
O murmúrio da água mansamente cantando amores,
Beijando as flores das margens, talvez levando lágrimas
Que a própria noite faz chorar por despertar saudades.
Ah! As noites! Silenciosas provocando buscas no tempo
Que só ela mesma sabe provocar e... fazer vivo.
José João
16/11/2.021
Um poema de mão cheia! Adorei :)
ResponderExcluir-
Perco a noção do meu tempo
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Beijo, boa noite!
Lindo poema, lindos versos. A noite sempre nos encanta.
ResponderExcluirBjs, Marli