Deixo que minhas lágrimas caiam, saiam de mim
Como fossem pedaços de dor, de tristezas, saudades,
Deixo que contem ao mundo minha solidão,
Meus sonhos perdidos e sorrisos que nunca dei.
E lá vão elas, algumas levadas pela poesia,
Outras pelo eco do meu silêncio, talvez até doentio,
Vão sem paradas, em volteios vadios pelo tempo,
As que vão na poesia talvez façam morada
Em algum coração, mas as que vão vadiando
Triste no tempo, coitadas, essas se perdem
Sem dizer nada, sem serem vistas ou sentidas,
Nunca se fizeram além de lágrimas, assim,
Como eu, que nunca fui além do sentir
A vontade de gritar amores que nunca vi,
De fazer versos coloridos em poesias alegres,
De fabricar sorrisos verdadeiros, sem fingir,
Como sempre faço, aprendi, choro sorrisos,
Que... enganam a dor que sinto.
José João
23/03/2.019
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