Sonhei os sonhos mais lindos, até os impossíveis
De serem sonhados. Cantei canções nunca ouvidas,
Criadas pelos sentimentos que enchiam minha alma
Da divina doçura de um existir perfeito e único.
Declamei as mais ternas poesias, tanto era a perfeição
Que até perfume tinham (os anjos perfumam as poesias
que o amor escreve) amei... muito além de mim.
Me entreguei sem medo, fiz caminhos de sonhos
Pra nós dois. Inventei primaveras para enfeitar
Nosso mundo, criei estradas floridas até o por do sol,
Aprendi com os pássaros a declamar o amor
Em acordes desconhecidos, entendidos apenas pela alma,
Que exultava gritando em douradas e alegres lágrimas
Que meus olhos, entre chorar e sorrir, faziam delas
Crianças marotas brincando de ser feliz.
A eternidade de cada momento fazia o tempo parar,
E tudo se fazia infinitamente belo, cheio de nós.
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Hoje...hoje não quero conversar, e nem posso.
Não me lembro do que fazer amanhã, minhas palavras
Saem perdidas, sem nexo, parece loucura...
Ah! A primavera nunca mais apareceu...os pássaros...
Agora não sabem mais cantar é só voar, voar, voar...
São tantas flores caídas indo ao vento...amanhã...
Acho que vai chover a tarde...não sei, mas parece
Que perdi um pedaço de mim! Não sei...será que...
José João
28/09/2.015
As vezes as mais belas palavras são ditas no silêncio de um olhar e aquele pedaço que nos faltava, finalmente nos completa! Parabéns pela poesia, é linda!!!
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