domingo, 28 de junho de 2015

Um estranho dentro de mim

As vezes me sinto um estranho dentro de mim
Tão pequeno e tão pouco, tão cheio de nada,
Tão cheio de silêncios, de vazios que me tomam,
Me fazem perder-me de mim mesmo, como fosse
A loucura de não saber-me quem sou ou de onde vim.
Me sinto perdido entre perguntas e carências...
Entre sonhos e verdades fingidas...entre caminhos
Que nunca vi, mas sei que existem, vão para algum lugar.
Onde? Não sei. As vezes me perco em devaneios
Descabidos, incoerentes, falando palavras soltas,
Buscando sonhos que se haviam feito mero esquecer,
Mas de repente, e estranhamente, me vêm lúcidos,
Sempre cheios de restos de mim...ou de quem sou.
Não sei esse estranho que habita em mim...
Que chora sem ter vergonha de chorar, que ama...
Sem medo dos amanhãs, que chora copiosos
Prantos se tristeza ou saudade permitem, sem medo
De ser ridículo...mas as vezes...me sinto um estranho
Dentro de mim ...quando um eu grita: Chega
Dessa desvairada utopia de querer se feliz...
As vezes sou um estranho dentro de mim.

José João
28/06/2.015






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