Diz-me que queres, se já aos poucos me matas
Que hei de fazer se a mim tanto diz não querer
Mas por que então tanto me sufocas e maltratas?
Oh! Dor cruel, calcinante, a queimar-me a vida
Desde o adeus que dentro de minha alma ficou
Desde tudo que está a me fazer servo do sentir
Até do perfume dela que a própria noite guardou!
Lá fora, chorando a brisa no alvor do amanhecer
Com o orvalho da fria noite às flores emudecer
Como fez com minha voz que em soluço converteu
Ao trazer esta saudade que nunca em mim morreu
Oh! Dor! Cruel carícia que sufoca qualquer querer
Que se faz algoz, verdugo, que se faz por se fazer
Dentro da gente e somente, para a alma machucar
Como se sentisse prazer em vê-la triste chorar
De toda aquela ternura, amor ardente, amor loucura
Mãos trêmulas a tatear nossos rostos, nossos corpos
De todos esses meus sonhos, apenas isso me restou
Essa dor tão desvairada, que desde que foste, ficou.
José João
24/07/2.013
O que dizer desta poesia? BELÍSSIMA! Bjus
ResponderExcluirSimplesmente...Fantástico......
ResponderExcluirDeixo abraço