terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Como da outra vez



Corro no meio das noites buscando sonhos entre estrelas
Sonhos que sonhei quando a saudade me contava histórias
E bem ali, bem de dentro de mim, um coração alegre
Gritava vivas ao mundo, ao tempo, gritando suas vitórias

Voo no meio do vento procurando cantos que já cantei
Procurando orações rezadas pedindo milagres que já vivi
Grito ao mundo blasfêmias, injúrias em violentos prantos
Maldizendo o que me fez perder tudo aquilo que já senti

Hoje, meus gritos, são sussurros lentos de tão cansados
Até quase não os escuto apenas sinto no soluço triste
Da própria dor a mim dizendo que  a solidão existe

Ouço minha voz voltando como se de mim não quisesse ir
Para que ninguém ouvisse o que a tristeza comigo fez
E assim de mim, não rissem tanto como da outra vez...

José João







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