terça-feira, 28 de janeiro de 2025

As estrelas mentiram pra mim

 Não sei porque as estrelas mentiram pra mim... 
Todas as noites, quando os sonhos iam embora
Sentava no tempo vendo-as passarem ligeiras
Levando não sei pra onde segredos e histórias

Me apressava no pedir... até olhavam pra mim...
Pedia para que os sonhos se fizessem coloridos
Que as saudades fossem alegres, elas me ouviam
E iam risonhas, gritando, somos toda ouvidos

E eu pedia que se houvesse de haver prantos
Que não fosse por angustias nem por tristezas
Que os lamentos não se fizessem assim.. tantos
E nunca tivesse adeus, mesmo dito com sutileza

Ela me prometiam, até sorriam comigo e iam
Há quantas eu pedi, todas prometeram me ouvir
Mas... se foram, se perderam, não sei em que céu
E os pedidos... ficaram por aí, perdidos, ao léu

Minhas saudades são tristes, tristes são os prantos
Foi dito um adeus tão doído, fez a alma descrente
Os lamentos gritam em repetidos ecos, tristes cantos
E aqui ainda estou, esperando outra estrela cadente


José João
28/01/2.025

segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

Até além do tempo

 Quando uma lágrima luzidia cair dos olhos
E correr livre no rosto até salgar os lábios
Aí a alma sentirá o gosto de uma saudade
Que se fará a mais doce e cruel verdade

Os beijos com sabor de inocentes pecados,
Ficarão vivos, passando por sobre o tempo
Tatuagens divinas. milagre que aconteceu
Doces beijos, cruel verdade, ouvir o adeus

Apenas uma lágrima para molhar os versos
Uma lágrima apenas, que começou ser chorada
Desde quando o destino escrevia a história

Desde o começo quando um olhar era poesia
Quando um carinho no rosto acariciava a alma
Até existir, até além do tempo, uma memória

José João
27/01/2.025

sábado, 25 de janeiro de 2025

Quando alma e coração choram juntos

 Quando as palavras se vão, perdidas no nada,
Porque a dor emudeceu um grito da alma,
A poesia fica triste, incompleta e sem sentido
Nos risos dos versos de sentimentos fingidos

Do começo ao fim da poesia a festa é do pranto
Que se faz rio fazendo dos olhos uma nascente
De água com gosto de sal salgando o manto
De lágrimas caindo no rosto como água corrente

Pensamentos se perdem em saudades distantes
As rimas se molham no fim de cada verso
Por serem tantos os soluços doídos e constantes

Um gemido silencioso... tímido, se faz presente
Como fosse uma ladainha rezada pela alma,
Ou um clamor gritado por um coração carente

José João
25/01/2.025

quarta-feira, 22 de janeiro de 2025

A loucura de uma poesia louca

 Minhas palavras saem por aí loucas, desvairadas
E nuas, como se não precisassem de razão...
Como se fossem apenas histórias sem começo,
Sem meio e sem fim. Figuras de linguagem
Que se perdem no fim de cada verso... gritado,
Que se fazem silêncio, quando as rimas rotas
Se perdem nos rasgos do pensamento esquecido,
Que ficou lá para trás, dentro de um esquecimento
Que, vez ou outra, se torna lúcido no contar 
E começa a contar histórias que haviam existido
Entre lágrimas, risos, saudades, tristezas e,
Em pleno cio, as palavras soltas e nuas vão
Se fazendo loucuras cheias de razão e ...
E... como é que se diz... eu te amo, escrevendo
No tempo, pintando nos versos ou até mesmo
Aos berros, gritando em silêncio? Alguém sabe?

José João
22/01/2.025


quarta-feira, 15 de janeiro de 2025

A saudade contada em lágrimas

Sentado na beira do tempo, ouvindo a solidão
Lamentar por estar só, sentindo falta da tristeza,
E o silêncio,  se vendo livre naquele momento
Se deixava embalar pelo cantarolar de uma canção

Que o vento, solto, indo ao léu cantava baixinho
Sem precisar ser ouvido, sua voz acariciava a alma
Dos tantos quanto ali estivessem a se sentirem só
E lá no horizonte o pensamento gritava... calma

Mesmo que incitasse o pranto a embelezar os olhos
Que se perdiam num olhar, lá ao longe no tempo
Deixando a saudade, única dona do pensamento

O os momentos escorriam pelas lágrimas choradas
Como se cada uma fosse uma história a ser vivida
Ou uma verdade que jamais poderia ser esquecida

José João
15/01/2.025

quarta-feira, 1 de janeiro de 2025

Hoje não tem poesia

Hoje não quero escrever contos... nem poesia,
Não quero fazer versos, nem rimas, nem nada
Nem quero sentir saudade, hoje, seria heresia
Hoje, as palavras estão, no silêncio, amarradas

Os sonhos se perderam nas noites mal dormidas,
Os momentos se fizeram meros pedaços de tempo
Se havia razões para poesias... foram esquecidas
Seria fria a poema rimando apenas dor e tormentos

Hoje, não tem como criar poesias, contos e rimas
O que resta a se fazer de belo, hoje, é só o pranto
Um pranto mais triste que belo nunca seria encanto

Assim, as palavras se contorceram em versos vazios
Trocavam de lugar, desesperadas, buscando sentido
Se perdiam, parecia que o vazio estava em pleno cio

José João
01/01/2.025