As vezes me sento na beira do tempo,
Esse tempo que não passa, que se faz rede
Quando a tristeza é maior que viver
Quando as palavras gritam em desespero,
Quando a saudade mais doída insiste
Em trazer para a alma o que ainda é dor,
Quando isso acontece, fico buscando em mim
Sonhos, sorrisos, invento histórias que nunca vivi.
Desenho horizontes distantes que, talvez, nem existam,
Até finjo ouvir da brisa cantos que nem ela,
A brisa, sabe que canta. Ah! Como se voa longe!!!
Aí a poesia se faz viva, se faz versos molhados
Em prantos que os olhos deixam cair sem pudor,
Sem medo de chorar, sem medo de ser poesia,
Sem medo de contar o que a alma sente.
José João
21/09/2.020
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