terça-feira, 10 de outubro de 2017

O vício de ser sonho

Minha saudade cavalga sobre meus sonhos
Que, já cansados, vão sem querer ir, vão lentos
Quase não indo mais a lugar nenhum,
Mas ainda assim são viajantes no tempo, viajam
Desde os ontens até não sei em quantos amanhãs.
Me deixo levar como se nada mais fosse preciso,
Sem sonhar sonhos novos, sem olhar além 
Do que agora me é permito olhar e sentir,
Me faço história perdida de momentos esquecidos,
De poesias inacabadas, agora vazias, sem sentido...
Poesias que ninguém mais quer ler, nada dizem
Por nada terem pra dizer, tudo se fez tão pouco
Que o tudo que havia dentro de mim...sumiu
Se resumiu em restos, em pedaços tão pequenos
Que ninguém vê, nem sente, nem percebe, nem lê
E assim deixo que a saudade cavalgue 
Nos sonhos que ainda exitem apenas
Pelo vício de serem sonhos.

José João
10/10/2.017


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