quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Quem sabe um dia...

Meus versos se derramam hoje ao tempo
Como fossem pétalas banhadas de lágrimas
Brilhando sob um sol de triste brilhar.
Vão sem rumo a debater-se num muro de silêncio
De corações vazios que não sabem mais amar,
E se fazem ecos perdidos de um grito dado
No vazio do tempo sem montanhas para reverberar.
Me perdi dentro de um mundo onde o vazio
De cada um é do tamanho de sua própria solidão,
Como estão todos, mesmo dentro de uma multidão 
Que caminha apressada numa algazarra de almas
Carentes que não sabem mais nem do que precisam.
Meus poemas caem tristes num chão de pedras
Frias, pisados pelo desprezo de quem fez do amor
Apenas uma história do era uma vez...
Ah! Meus versos! Mas continuam sempre indo,
De dentro de mim para o tempo, um dia
Um coração, apenas um que seja, se senti-lo
Em sua plenitude, der um sorriso largo, aberto
E lembrar que  o amor existe...fiz minha parte.

José João
21/10/2.015


Um comentário:

  1. E acho que o mais importante, é a certeza de que fizemos a nossa parte.
    Belíssimos versos!

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