Tempo...que me faz vagar entre as horas, os dias,
Me faz recordar momentos que já julgava mortos,
Traz dores, angustias, me traz saudades que doem,
Que se deixam ficar nas noites, na insonia que me toma,
Fazendo que não queiram passar e, sem pressa,
Se arrastam como se fossem um caminho longo e doloroso
Onde a alma se perde chorando tristes lamentos
Em murmúrios inaudíveis que nem seu próprio silêncio
Permite ouvir. As madrugadas se fazem distantes, o alvorecer
Parece um horizonte perdido entre a bruma fria,
Lá longe, no fim de cada noite que insiste em não chegar.
Tempo e distância se confundem, se juntam, se abraçam,
Até permitem ao esquecimento fazer vagar no pensamento
Pedaços, fragmentos do que se foi, mas de repente,
A saudade chega e tudo se faz mais completo
Para assim a dor se fazer maior, preencher os vazios
E se fazer mesmo dor, mais voraz e mais completa.
Ah! Esse tempo que se faz distância! E quanto maior
Se faz, não sei a razão, maior é a dor da saudade,
Pelo menos em mim que...nele me perdi.
José João
04/03/2.013
Ah saudade que nos consome.... Lindo!!!
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