Quebrou-se a ampulheta, a areia espalhou-se, rápida
O tempo correu depressa, mas sobre a mesa parou
Quando a areia se acomodou e o tempo se fez nada
O pranto ficou parado no rosto sem ter hora marcada
Tudo ficou em silêncio, mudo, apenas um grão de areia,
Pendurado num pedaço de vidro da ampulheta quebrada,
Pedia para marcar o tempo, dizia até se fazer de eterno,
E o sonho se fazia estrada correndo na noite acordada
E perdida, uma alma também em silêncio, sozinha rezava
E o grão de areia marcava o tempo, como um relógio parado
Em que apenas aquela hora, é sempre em todas as horas
Quando o tempo em qualquer hora se faz eterno pela dor
Que dura sempre, sem que se queira, mas que nunca vai
A solidão se faz saudade nos olhos em que o pranto cai
José João
23/08/2.012
Querido José João . Belíssimas palavras e de profunda verdade . Parabéns...Com um abraço Pedro Pugliese
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