quinta-feira, 3 de abril de 2025

Como lidar com a saudade?!

 Como lidar com a saudade?! É tão simples,
Acreditem, eu a chamo, desde muito aprendi
Sentamos juntos e me entrego todo pleno a ela
Como velhos amigos, ela me conta o que vivi

Quando aprendi a senti-la, fabriquei lágrimas
Assim, como fossem rios a nascerem nos olhos
Procurei pintar o rosto com alegria e tristeza
A saudade que vem... não se tem tanta certeza

Na verdade. é muito melhor guardar o pranto
Uma vez, queria sentir saudade de só um beijo
Me vieram o beijo, um eu te amo, e um adeus
Aí o pranto se fez farto, aproveitando o ensejo

Não tivesse eu guardado o pranto, o que faria?
Onde teria lágrimas para buscar ou para pedir?
Como poderia desenhar no rosto tantas saudades?
Mas guarde um sorriso, as vezes é preciso fingir

José João
03/04/2.025

Saudade... é uma história que fica dentro da gente

Nas poesias que minha alma, tão carente, grita
Sempre me perco nas palavras e até nas rimas
Nunca sei como falar, como  escrever o pranto
Esse, que vem lágrima e depois se faz encanto

Minha alma chora as tantas saudades antigas
Algumas já incompletas, no tempo esquecidas
Me perco em busca-las sem nem saber onde ir
Não verdade, saudades, só sei chorar e sentir

Como escrever no papel o que só a alma sente?
Mostrar no rosto o que não tem forma nem cor?
Saudade é uma história que fica dentro da gente

É como viver outra vez o que se gostou de viver
É como se o tempo voltasse sem nunca ter ido
É fazer presente o que não pode ser esquecido

José João
03/04/2.025

terça-feira, 1 de abril de 2025

Que o mundo "ouça" os versos que escrevo

Minhas poesias, que bom! Vão soltas ao tempo
Embalando corações, indo por tantas páginas,
Por tantas vidas, usam-nas sem precisar pedir
Ah! Minha poesia, vai, o mundo precisa sentir

O canto do silêncio que já não sabem  ouvir
Outro dia, me escreveram com pedaços de mim
Muitos, alguns com prantos, outros com saudades
Expõem meus versos, talvez sejam suas verdades

Mas os versos vão por aí, nem se importarem mais
Se são lidos com a alma ou só escritos no papel
É de mim que saem como orações indo para o céu

Nas páginas que não são minhas, os versos tímidos,
Esses que escrevo com minhas dores e meus prantos
Se fazem vivos, ardentes, por minha alma paridos

José João
01/04/2.025

quinta-feira, 27 de março de 2025

Até o vento sente ciúmes!

 Acho que perdi uma poesia, ela estava bem aqui
Na minha frente, parte dela estava deitada no papel
Haviam versos já completos, rima no fim dos versos
Haviam um que por inspiração rimei sonho com céu

Não sei para onde foi, se o vento que levou o papel
E com ele a poesia, a folha branca se deitava passiva
E o lápis lhe percorria como se escrever fosse carícias
Não sei como, até penei que a poesia estivesse cativa

O lápis caiu, quebrou a ponta, acho que por raiva
Não tive culpa, como pode o papel ter desaparecido
Só fui ali enxugar os olhos que estavam umedecidos!!

Vou procurar a poesia, ela não pode assim ter sumido!
Ah! Lá está ela, vou fazer a ponta do lápis e termina-la
Foi o vento que, por ciúme, correu com ela... o atrevido.

José João
27/03/2.025



É tua, a colheita do que plantaste

Um dia, e não longe, as palavras cairão por terra
Como se fossem lágrimas gritando por perdão
Não serão ouvidas... mas serão sacrificadas,
Serão pisadas com simples lixo rolando no chão

Gritarão como... se quisessem rezar ladainhas
Mas suas vozes serão mudas, roucas, sem som
Apenas lamúrias sussurradas sem nenhum valor
E os lábios, em frenesi, tentarão gritar ao Senhor

Esse mesmo Senhor que agora é ridicularizado
Nos indecentes carnavais, é arrastado nas avenidas
Sob os olhares extasiados de que nem sabe quem é
De quem se perdeu, de quem jogou fora a própria fé

Não serão poucos os joelho feridos em vã tentativa
De apagar os pecados, com as mão postas ao céus
Como histérico e incoerente pedido de clemência
Verdadeiras mostras de uma humanidade em falência

Aos gritos dirão: Senhor, profetizamos em teu nome.
Em teu nome expulsamos demônios e bem o sabes,
Mas ouvirão: Nunca os conheci apartai-vos de mim
Muito ouvirão, e o ranger de dentes não será o fim

O amor esfriou nos corações a verdade desapareceu
Mas o Senhor está bem aí, bem perto de te e não vês
Não permites que Ele entre, tome conta do teu coração
É tua a escolha, mas lembra, o produto da colheita é teu.

José João
27/03/2.025

segunda-feira, 24 de março de 2025

Ah! Se pudesse voltar no tempo!


Ah! Se pudesse voltar no tempo! Se pudesse!
Não perderia os recomeços que deixei passar,
Não deixaria de dar os sorrisos que não dei
Não diria, por apenas desprezo. um: não sei

Ah! Quem me dera pudesse voltar no tempo!
Não negaria sorrisos, nem um estender de mão
Não negaria palavras que eram fáceis de dizer
Que fariam pulsar alegre o mais triste coração

Diria: te amo, como maior verdade da alma
Faria que fosse belo todo e qualquer sonhar
Ensinaria meu coração a doce arte de amar

Ah! Se pudesse voltar no tempo! Se pudesse!
Deixaria saudades guardadas pelos caminhos
Com elas não estaria chorando tão sozinho

José João
24/03/2.025