É verdade, as vezes tropeço no meio do verso.
Não sei se nas palavras que se perdem de mim
Ou, se nos prantos que caem parecendo cristais
Tantas lágrimas, faz que o verso não tenha fim
Tropeço nas saudades que não quero lembrar,
No silêncio, quando, em mim, a vontade é gritar,
Em um sonho que se perdeu e esqueci de sonhar
Nas tristezas, quando não sei qual delas chorar
Um dia, no fim do verso, tropecei escrevendo amar,
No fim dos versos se tropeça também, acreditem
Era o esquecer insistindo em rimar amar com lembrar
É difícil escrever um verso que insiste em não vir
Que se esconde entre pensamentos já quase perdidos
Nele, se tropeça nas letras, nas palavras, até no sentir
José João
20/11/2;-24