segunda-feira, 15 de abril de 2024

Belo... é amar sem nunca pedir troca

A beleza da vida??! O que seria essa beleza?
Seria sentir, no por do sol, o carinho do universo?
Seria o sentir do perfume das flores no campo?
Ou seria a poesia "falando" da vida em versos?

Como se poderia contar as tantas belezas da vida?!
Fazer o outro feliz, amar sem nunca esperar troca?
Dar um sorriso... desses que alegram o coração
Ou amar intensamente? Amor puro nunca sufoca.

Seria a poesia, em sua humildade, a beleza da vida?
Indo no tempo contando histórias belas ou tristes?
Mesmo aquela que a alma chora sentindo saudade?
Mas ela sabe que chorar é preciso, a lágrima existe.

Quanta beleza tem nos olhos gritando em prantos
Quando as lágrimas, brilhantes... no rosto caem
Como se fossem as contas de um rosário divino
Por onde as dores da alma, como milagre, se esvaem

Quem me dera fosse um poeta pelos anjos inspirado
Para contar, em versos, a beleza que cada alma sente.
Juntar a harmonia do universo com a beleza da vida?!
Seria um milagre que nem a poesia poderia ter criado

AMCL: Academia Mundial de Cultura e Literatura
Acadêmico: J J Cruz
Cadeira: 28
Patrono: Antero de Quental
Postagem oficial: 15/04/2.024
(09/03/2.024)

terça-feira, 9 de abril de 2024

A magia do amanhecer

 Madrugada... o dia boceja acordando lentamente
As estrelas... correndo a se esconderem do dia
Se escondem atrás do sol ocupado em lustrar-se
E a brisa, bafejando ternura, canta uma melodia

As flores, banhadas pelo orvalho, espreguiçam-se
Dão bom dia às leves borboletas ávidas a beija-las
Acariciam as pétalas com suas belas e frágeis asas
Como fossem anjos vadios a docemente cativa-las

Os pássaros, ainda sonolentos, ajeitam a plumagem
Brincam como equilibristas nos galhos, nas folhas
Se fazem personagens de uma doce e linda paisagem

Depois, sem nenhum maestro, começam a sinfonia.
O perfeito desencontro se faz verdadeiro encanto
As vezes até parecem a doce harmonia de um pranto

AMCL - Academia Mundial de Cultura e Literatura
Acadêmico: J J Cruz
Cadeira: 28
Patrono: Antero de Quental
Postagem: 09/04/2.024

domingo, 28 de janeiro de 2024

No rosto... uma ruga diferente

As rugas do meu rosto são minhas verdadeiras histórias
Contam de mim, do que fui, do que vivi, das saudades
Algumas são de momentos que franzi o rosto para sorrir,
Ficaram desenhadas como das poucas alegrias que senti

Outras, são muitas, foram tristezas que a alma chorou,
Marcadas em fartas linhas, histórias que nunca contei
No rosto, a vida escreve o tempo sem nenhum pudor
Até hoje quando traz tristezas que ainda não chorei

Quando o espelho mostra meu rosto, leio o que vivi
Estão as saudades, adeus ditos em doloridos silêncios
Quantas palavras ditas em prantos que fingi não ouvir?!

Hoje, todas as minhas rugas me lembram do que fui
Mas tem uma diferente, não lembro porque ali está
Será alguma verdade que fingi e ela não quer mostrar?

JJ. Cruz Filho
Acadêmico da: AMCL
Cadeira: 28
Patrono: Antero de Quental
Postado em: 28/01/2.024

terça-feira, 23 de janeiro de 2024

Solidão é a ausência de saudade

Coitado dos que choram pela falta de uma saudade!
Dos que não têm histórias para lembrar ou contar
Qualquer uma, mesmo aquela contada em prantos
Mesmo doendo na alma... que só a fizesse chorar

Que triste!! A saudade... sempre espanta a solidão
Até o silêncio fica atento, ouvindo o que ela diz
O tempo se faz lento, como não quisesse passar
As mãos tremem, em uma muda maneira de falar

Como é triste nunca ter dito: te amo, nem ouvido
Não ter sentido a tristeza de  ter ouvido um adeus
Daquele que emudece a voz e faz perder o sentido

Se faz lágrima, depois saudade, depois lembrança,
Sempre será uma história a ser lembrada pela alma,
Momento único, que só quem amou pode ter vivido

JJ. Cruz
Academia: AMCL
Cadeira: 28
Patrono: Antero de Quental
Postado em; 23/01/2.024



sábado, 20 de janeiro de 2024

A canção do tempo

De muito, muito longe... me chega uma canção
Como se viesse a mim trazida num cantar de anjos
Que talvez tenham encontrado, solto, meu pranto
A derramar-se no tempo e dele fizeram um canto.

Fala de saudades antigas, perdidas, até já caducas,
De lágrimas que, pelo tempo, para adoçar a alma
Jogaram fora o sal, se deram um sutil dulcificado
Como assim tirassem de mim meus tantos pecados

Me perdi dentro de um silêncio que só eu ouvia,
A canção dos anjos não era ouvida pelos ouvidos
Mais parecia o afinado declamar de uma poesia

Nomes que o esquecimento havia guardado pra si
Foram lembrados, cantados em tristes sinfonias
Vagamente fui lembrando, foram momentos que vivi

Acadêmico: JJ. Cruz
Academia: AMCL
Cadeira: 28
Patrono: Antero de Quental
Postado em: 20/01/2.024

sábado, 13 de janeiro de 2024

Cansei de ser poeta...

Cansei de ser poeta, buscar palavras, encontrar rimas
Falar de saudade, de solidão, vestir os olhos de pranto!
Contar minhas dores, fingir sorriso alegre nas poesias
É como inventar orações vazias enganando com heresias

Cansei de ser poeta, desenhando lágrimas nos versos
Desenhando no rosto, rugas que se fazem de história
Algumas alegres (poucas) outras tristes (essas muitas)
Fazendo do pranto, para a alma, uma rude dedicatória

Cansei de ser poeta. Vou ser agora fervoroso sonhador,
Sonhar com saudades novas, aprender a colorir o pranto
Fabricar lágrimas que aos olhos se façam de encanto

Vou ser um sonhador. Pintar a tristeza da cor do lírio
Fazer da solidão uma companheira alegre e falante
Fazer amantes alma e sorriso viverem em eterno cio

JJ. Cruz
Academia: AMCL
Cadeira: 28
Patrono: Antero de Quental
Postado em: 12/01/2.024
Postagem oficial