sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Detalhes... são como gotas de orvalho numa flor

A solidão ri em gargalhadas frias, de som estridente,
Quando a ausência se faz viva pelo adeus que foi dito,
E grita, sim, se a tristeza pergunta se pode chegar.
Fica a saudade na alma, nos olhos, o pranto e um vazio
Que toma tudo, até, algumas vezes, a vontade de viver.
A vida se espreme entre dores, entre angustias e medos,
Os amanhãs se perdem na noite mal dormida e triste,
E as poesias, escritas avulso, não precisam de beleza,
Para se fazer poesia apenas a dor precisa ser escrita
Para que não sufoque tanto um coração tão carente
Que pulsa pela teimosia de apenas pulsar, gritando
Em desespero e dizendo que blasfêmias são orações
De clamor pela tanta dor que a alma sente e chora.
E uma pressa de ir, sem saber pra onde, ou ficar
Sem ter onde estar, onde se estiver é a mesma dor,
São as mesmas lágrimas, o mesmo lembrar. 
É triste o vazio que a ausência traz, até os detalhes,
Aqueles despercebidos, com a ausência se fazem tão grandes
Que contam histórias que nem se percebia que fossem
Tão importantes, tanto que a saudade os traz primeiro,
E são sempre eles, que nos faz sorrir, mesmo tristes.
Detalhes...são como gotas de orvalho numa flor.


José João
11/07/2.017


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