quinta-feira, 26 de maio de 2016

Saudade... minha eterna amiga

Nunca estive só, perdido na plenitude da solidão,
Sempre há quem chore comigo, divida comigo
As tantas dores, as tantas lágrimas que choro,
Tenho quem chore comigo e por mim as tristezas,
Que por vezes, me chegam do nada, sem motivo,
Como se viessem apenas pelo simples prazer
De me ver triste. Se chorasse sozinho, as dores,
As angustias, ausências e carências que me vêm
Por apenas vir, ou por, talvez, coisas de minha alma,
Coisas que ela sente e não me diz, apenas toma
Meus olhos, sem cerimônia e sem pudor para chorar
As dores que são dela, eu já teria me desfeito
Em prantos... ou seria eu meus próprio prantos.
Mas tenho quem me ajude chorar, chore comigo
Ou por mim, chore como se fosse meus olhos.
A saudade, doce companhia, nunca me deixou
Chorar sozinho, choro  apenas a primeira lágrima,
A segunda ela me enxuga a face com um beijo...
As outras ela chora por mim, copiosos prantos,
Mas é ela quem chora...minha eterna amiga...
Nunca me deixa só, na plenitude da solidão.


José João
26/05/2.015


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