As vezes gostaria de gritar para o mundo, bem alto,
O que é a dor de ser sozinho, o que é a dor da solidão,
Mas para tanto não existem palavras, não se pode
Dizer o que é o vazio, só se pode senti-lo e...as vezes
Chorar, porque nem sempre as lágrimas disponíveis
Podem falar toda a tristeza que a alma sente.
Quantas vezes me surpreendi parado no tempo,
Ombros caídos, voz amargamente reticente,
Fronte pendida sobre um colo que não existe,
Um colo que a carência cria como uma ilusão demente
E as lágrimas...as lágrimas se fizeram tão poucas
Que quase nenhuma dor foi chorada, embora sentidas
Como farpas afiadas de tristeza sangrando a alma.
É uma vontade de ir sem ter pra onde, sem estradas,
Um ardume nos olhos (sem lágrimas para chorar),
Não existe um lugar onde a dor não chegue,
Não se faça morada dentro da gente e sem remorso.
Ah! Solidão! E ainda se faz mais forte, mais dolorida
Se não existe saudade. É uma dor que nem a poesia
Mais triste, a mais triste de todas as poesias,
Em nenhum verso diz o tamanho dessa dor...
Muitos a chamam...solidão. Que mesmo entre paredes...
Se faz do tamanho do universo,
José João
09/06/2.014
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