O tempo vai, lento ou mais de pressa, dependendo da dor da gente,
Se é uma dor que apenas os olhos choram, ele vai de pressa,
Mas se é uma dor que além das lágrimas a alma angustiada grita,
Ele vai lento como onda furiosa resmungando a volta para o mar.
Para o tempo, é como se as dores sentidas nem fossem mais dor.
Fossem apenas saudade e assim brinca com alma e coração.
A alma, coitada, se prostra cabisbaixa, olhos fixos no chão,
Como se procurasse rastros que não ficaram, que não existem,
O coração, pula descompassado, como louco, perdido
No próprio pulsar, que se faz voz perdida dentro do peito,
Para tanta dor - esta que sinto - o tempo se faz lento,
Assim como se quisesse mastigar lentamente coração e alma,
Como se quisesse fazer que a dor fosso sua única passageira.
Ah! O Tempo! Há quem diga um ótimo remédio para dor,
Até para aquela dor que o adeus deixa guardada para sempre,
Se fazendo uma história inacabada, assim como uma poesia
Que o poeta não soube escrever o último verso. Mas ...será?
José João
13/09/2.013
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