Me atenho a escrever-me entre versos e sonhos,
Entre dores e verdades, algumas verdadeiras,
Outras fingidas, como são algumas das lágrimas
Que choro sorrindo, como se o riso fosse o palhaço...
O palhaço triste que escreve nas entrelinhas da vida
A angustia que sente e gargalha uma tristeza mórbida
Que ninguém entende ou percebe, apenas acham
O palhaço alegre, e ele, gargalhando estridente pranto,
Vai seguindo, vai escrevendo versos que contam
Histórias vividas, ou sonhando com os amanhãs
Risonhos que ele ainda ousa, apesar de tudo, sonhar.
As vezes lhe vem uma saudade gostosa de sentir,
Lhe beija a alma num carinhoso beijar, outras vezes,
Vem a brisa lhe acariciando o rosto, sussurrando
Coisas que esqueceu de lembar, algumas vezes
Se confundem, palhaço e poeta e abraçados
Fazem versos, o palhaço em piruetas de palavras
Conta sorridentes histórias tristes, e o poeta...
Bem, este, aos prantos, mas sem deixar de sorrir,
Finge que é ele o palhaço que não sabe chorar.
José João
09/05/2.017
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