Dei-me ao tempo e ao prazer de sentir,
Mesmo em lágrimas, os adeus ditos,
Entrego-me ao pranto por eles causados
Mas ainda assim me faço todo ouvidos
Lhe escuto em silêncio e a ele me entrego
Na ânsia da saudade que sei, vai chegar
Assim faço versos, ainda que tristes
Preparando a alma para um outro chorar
A ausência a se fazer um eterno esperar
Daquilo que se sabe, não vai mais voltar
Como haver saudade sem haver um adeus?
Adeus, grito ao tempo num aceno choroso
E deixo que o pranto me marque meu rosto
Como fossem as lágrimas, ternas carícias de Deus.
José João
15/10/2.018
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