As vezes o silêncio, não sei se dentro de mim,
Ou em volta, se faz tão silêncio, que ouço
O tempo gritando saudades esquecidas,
Falando nomes que nem sabia mais, sussurrando
Histórias que já julgava mortas, até fazendo
Sorrisos tristonhos brincarem em meu rosto,
Me ensinando fingir sentir o que não sinto.
É tão grande o silêncio que ouço, sutis,
Os passos da solidão, seu respirar lento,
A se apriximar como fosse um pensamento,
E vem... como sombra, como um pedaço do nada,
Desse vazio que assusta, que toma, que invade,
Sufoca a alma que, submissa, se entrega
Aos prantos, chorando uma angustia tão difícil
De sentir, suportar, calar e não gritar.
As vezes o silêncio se faz tão silencio...
Que não suporto ouvi-lo... dentro ou...
Em volta de mim que grito comigo mesmo,
Fingido ser de outro minha própria voz.
José João
17/08/2.018
BRILHANTE!
ResponderExcluirBeijos. Bom fim de semana.