domingo, 26 de agosto de 2018

Hoje...não é de chorar que preciso.

As vezes não é de chorar que eu preciso...
Nem de gritar com a mudez desesperada da angustia,
Nem sempre minha dor precisa de soluços e prantos,
As vezes me bstaria um olhar que dissesse:
Estou te ouvindo, um sorriso que dissesse:
Estou aqui. Nem sempre se precisa de palavras,
Existem dores para as quais elas são tão poucas!!
Não precisaria que me dissessem: eu te amo...
Tenho medo, quando se acredita dói tanto depois...
Queria que minhas mãos segurassem outras...
Como se fossem amigas, amigas íntimas que,
Até no silêncio, se entendem, que a ternura
Dos sentimentos fossem sentidas por elas,
Quando em carícias leves, contassem para o rosto
O tanto sentimento, essa tanta vontade de sentir
E os olhos, com as únicas palavras que conhecem
Para mostrar as emoções da alma se enchessem
De lágrimas alegres, como se chorar fosse...
Apenas rir. Hoje, não é de chorar que preciso.

José João
26/08/2.018

sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Essa minha insaciável tristeza!!!

Dou-te a ti, minha tristeza, toda a beleza da saudade,
Dessa minha tanta saudade pintada cor de lágrimas,
Com a beleza do sorriso mais fingido que já sorri
E com os mais belos prantos que só hoje consegui.

Dou-te a voz do meu canto, vão indo alguns soluços
São os melhores que pude haver, como fossem pontos,
Desses que o poeta faz parar o tempo no fim do verso
Ou, quando finge mentindo que não é vida, são contos.

Dou-te, se quiseres, até minha verdade, toda ela, nua,
Inocente e pura, só que não sei onde está, acho que...
Parece que ela ficou perdida em outra tristeza passada

Mas sabes... ora se tanto me conheces de que vale
Verdades de outras dores ou até de outras saudades
Se bem sabes que até minha alma por te já é marcada?

José João
24/08/2.018

Lágrimas... desde muito

Parece que meu pensamento ouve uma musica,
Triste, que não sei de onde vem, talvez do tempo,
Ou, de dentro de mim, como uma melodia sofrida
Que a saudade, ou a angustia, ou mesmo a carência,
Foram buscar ou compor não sei. As notas se perdem
Em acordes mudos para os ouvidos, só a alma escuta,
Os olhos se perdem ao olhar o vazio, quem dera fosse
Apenas o vazio que cerca os tristes, mas é o vazio
Que me invade, me toma e se faz um pedaço de mim.
As lágrimas saem lentas, brincam em meu rosto e...
Depois, num ir suicida, se atiram dos olhos ao chão
E desaparecem, como se quisessem levar com elas
A dor que sinto mas que insiste em ficar, solta, livre, 
Indo entre os sonhos que não sonho mais, as lembranças
Que caducaram e nem sabem se ainda são lembranças
Ou desejos ilusórios que a alma cria para fingir-se
Completa. E eu... buscando nos ontens o que lá deixei,
Como se não tivesse deixado lágrimas também.

José João
24/08/2.018


quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Eu... a poesia.

Estão tentando me matar lentamente, como fosse
Pecado minha aexistência. Podam-me, sufocam-me
Como se assim fossem, lentamente, me tirando
A beleza, me fazendo, triste, me fazendo fria...
Eu... que levo aos corações as sensações,
As emoções que alma e coração precisam.
Jamais fui além de ser eu mesma, e sempre
Buscando a beleza, fazendo sentir nos versos
A que me entrego até a magia de sentir
O perfume das flores, de ouvir, nos versos
A que me entrego o cantar do tempo, o gosto
Da saudade, a confissão mais perfeita
De um coração apaaixonado, eu... A POESIA
Talvez, agora, minha inocência seja pecado,
Minha beleza seja arma, dessas que destrói
O frio das almaS ímpias, talvez, por issso,
Tentem  me calar, mas eu... A POESIA...
Enquanto houver beleza, enquanto houver amantes,
Enquanto o mundo for livre... vou sempre
EStar nos corações... como, pobres homens,
Podem matar o que é eterno? EU A POESIA!

José João
17/08/2.018

sexta-feira, 17 de agosto de 2018

A voz do meu silêncio

As vezes o silêncio, não sei se dentro de mim,
Ou em volta, se faz tão silêncio, que ouço
O tempo gritando saudades esquecidas,
Falando nomes que nem sabia mais, sussurrando
Histórias que já julgava mortas, até fazendo
Sorrisos tristonhos brincarem em meu rosto,
Me ensinando fingir sentir o que não sinto.
É tão grande o silêncio que ouço, sutis,
Os passos da solidão, seu respirar lento,
A se apriximar como fosse um pensamento,
E vem... como sombra, como um pedaço do nada,
Desse vazio que assusta, que toma, que invade,
Sufoca a alma que, submissa, se entrega
Aos prantos, chorando uma angustia tão difícil
De sentir, suportar, calar e não gritar.
As vezes o silêncio se faz tão silencio...
Que não suporto ouvi-lo... dentro ou...
Em volta de mim que grito comigo mesmo,
Fingido ser de outro minha própria voz.

José João
17/08/2.018

quinta-feira, 16 de agosto de 2018

Esperando um amanhã

Existe um pedaço de mim bricando de poesia,
Escrevendo versos cheios de parte de mim
Com rimas perdidas em linhas inacabadas,
Repletos de lágrimas choradas a vulso.
Existe um pedaço de mim cheio de saudade,
Correndo a esmo no tempo como se horizontes
Fossem bem aí, como se o tempo tivesse
Essquinas ou curvas para se voltar nos ontens.
Há um outro pedaço de mim caminhando
Por estradas salpicadas de prantos, chorados
Por quem passou antes e talvez chore uma dor
Como a minha, e caminhante, como eu... vai
Até onde a vontade de voltar se faça forte,
Sem no entanto ter marcas para encontrar
O caminho de volta. Mas há um pedaço de mim
Que está guardado entre os tantos perdidos
E sempre vem em socorro de mim...
É meu pedaço criança, que chora sem medo
De ser ridículo, que grita a dor que sente...
Esse pedaço de mim... é que me faz, paciente,
Esperar os amanhãs, mesmo entre sorrisos e...
Lágrimas.

José João
16/08/2.018

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Preciso, apenas preciso...

Preciso de alguém que possa me ouvir
quando estiver perdido dentro de mim,
Quando minha vontade de sorrir ou chorar
Seja maior qu eu. Preciso de alguém
Que não me permita gritar em silêncio, 
No mustismo dos soluços, mas que me ouça,
Que tenha tempo pra mim, me dê sua voz
Quando eu não puder falar, só chorar...
Que me dê seu sorriso quando a tristeza
Tomar conta do meu rosto, ocupar meus olhos
Com lágrimas e meu olhar se perder no vazio.
Que me dê uma palavra, ainda que só uma,
Mas que me faça ouvir sua voz e senti-la perto...
Saber que não estou sozinho. É tão doído sentir-se só!
Não quero que chorem comigo, preciso apenas
Que me enchuguem as lágrimas. Se também 
Lhe faltar voz, que suas mãos falem com as minhas
Como fossem palavras as carícias que só a alma
Sente. Preciso. 

José João
13/08/2.018

domingo, 12 de agosto de 2018

Essa saudade tua...

Minha vontade de chorar é tanta 
Que as lágrimas rolam soltas no rosto
Com se fosse delas esse tanto querer,
Minha voz se perde no mutismo do silêncio, 
Que grita em eloquente loucura... esse vazio.
Me tomo ao pranto como se fosse palavras
Que a voz não me permite dizer, ou, talvez,
Por serem poucas ou pequenas para essa tanta
Falta de te. Me entrego aos devaneios e sonhos,
Me entrego ao marasmo que me toma...
Olhar fixo no vazio e distante horizonte
Como se lá estivesses e de lá me visses.
Me deixo ficar na beira do tempo, calado,
Lábios trêmulos, rezando uma oração
Com teu nome, como fossem minhas lágrimas
As contas do rosário que minhas mãos, inseguras,
Percorrem na louca tentativa de sentir teu rosto.
Ah! Essa saudade! Essa saudade! Que apesar
De tudo, me deixa vivo e... repleto de ti.

José João
12/08/2.018

quinta-feira, 9 de agosto de 2018

A saudade é ... pranto e poesia.

Ah! Saudade! Não fosse poesia seria uma dor
Tão doída, seria uma dor que o pranto,
Por mais pranto que fosse, não diria dessa 
Tanta dor. Ah! Não fosse poesia a saudade...
Não fossem versos as lágrimas, não fosse a poesia
Um pranto, desses prantos que a alma chora,
Não seria saudade, seria apenas dor,
Seriam lágrimas tristes sem razão de serem
Choradas, seria poesia sem história,
Não faria de sempre cada momento vivido...
Os dias não se fariam eternos, eternizando
A saudade que se sente. Ah! Não fosse
Poesia a saudade! Não fossem lágrimas
Os versos... não fossse pranto a poesia...
Eu seria tão triste, que viver seria viver
Sem...  viver.

José João
06/08/2.018
(Maceió)