Sempre, quando o silêncio de tua ausência
Me afoga em lágrimas, a saudade me vem,
Traz com ela pedaços de sonhos, de momentos,
Que insistiram em ficar guardados na alma.
Algumas vezes me faz murmurar teu nome
Como oração, a mais completa que sei rezar,
Outras vezes, quando a dor é bem maior,
São gritos desesperados, blasfêmias ditas,
Gritadas ao tempo como se pecar fosse preciso.
Ontem mesmo ousei perguntar pra Deus,
Porque ninguém me diz da dor que sinto?
Porque esse silêncio que minha alma ouve
Sem nada mais ouvir? Porque a solidão
Grita comigo onde quer que eu esteja?
Sem respostas, mas aprazou-me sentir
Uma lágrima triste, que a tristeza, alegre
Pintava no meu rosto, encontrar nos lábios
Um sorriso, ela, a tristeza foi-se como louca
Entre os vazios, sem saber que nos lábios
Era um soluço se fingindo se sorriso.
Até eu ri...
José João
19/11/2.017
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