Há como se medir a vida... a minha o fiz
Pelos tantos adeus, pelas tantas saudades
Sentidas, um dia pensei em medi-la
Pelas lágrimas choradas, me surpreendi,
Se assim pudesse e fizesse... seria eterno,
Chorei quase todos os adeus, quase todas
As saudades. Minha alma brincava de fingir
Se fazendo em risos, mas coitada, tão falsos
Que não enganava nem a mais sutil tristeza,
A menor das angustias percebia o seu fingir.
E... as lágrimas vinham, algumas brilhantes
Enganadas pela alma que a elas dizia...
É só uma saudade. Outras vinham frias,
Tristes, preguiçosas, como se meu sentir
Lhes fizesse lentas para mais encharcar
Os olhos, para chorarem realmente a dor
Que a alma chorava, outras vinham
Finos fios a caírem no rosto como regatos
Cristalinos que chora a falta de chuva,
Outras vinham como correntezas, eram
Tantas lágrimas que sufocavam até a voz.
Foi aí que vi...se medisse a vida por lágrimas,..
Seria...eterno
José João
30/10/2.017
Nenhum comentário:
Postar um comentário