Ah! Não fosse essa saudade tua! Que me toma,
Me invade, me trás vida entre as tantas tristezas.
Com ela brinco de viver, de estar contigo,
Passo por sobre o tempo e me entrego todo
A senti-la como se estivesses aqui, perto de mim.
É verdade que as vezes choro, que as lágrimas,
Como crianças matreiras, brincam em meu rosto,
Nele rabiscam teu nome, e que meus soluços
Se fazem inocentes tentativas de gritar,
Ainda te amo... que o tempo pára e o momento
Se faz eterno dentro da alma que entre sorrir
E chorar se põe a guardar-te carinhosamente.
Ah! Não fosse essa saudade tua a despertar-me!
A me fazer correr entre os sonhos e buscar-te
Toda e plena e me vestir de ti! Se ainda
Sei sorrir, é essa tua saudade que me permite,
Sorrisos alegres, tristes, sorrisos que as vezes
Confundo com um silencioso confessar
A dor que sinto. Mas é ela que, quando me vem,
Te traz toda, me tomando e se apossando de mim.
José João
08/062.017
Belíssimo poema, cheio de emoção!!
ResponderExcluirUm grande beijo