domingo, 28 de maio de 2017

A dor que a alma sente

Oh! Dor que chega aos gritos martirizando a alma
Que ajoelhada e triste se entrega toda ao pranto
Se deixa ficar, demente, mostrando fingida calma
Onde esconde angustias, tristezas e desencanto

Apieda-se gentil lembrança que em saudade vem
A trazer-lhe recordações de tempo já tão distante
Que nem mais como relíquias a pobre alma tem
Mas serve, faz que não se veja uma pobre ninguém

Mas se entrega ao pranto, em tão desvairado chorar
Que as lágrimas se atropelam deslizando no rosto
Como fossem caminhos que ali a dor tivesse posto

E a alma com um olhar vazio em perdido infinito
Se entrega em dolorido pranto a pedir, talvez...
Que lhe seja permitido sorrir pelo menos uma vez


José João
28/05/2.017

2 comentários:

  1. A dor pode invadir a nossa vida de uma tal maneira que às vezes não conseguimos suportar, o que nos resta a fazer é aprender a lidar com ela e tentar tirar dela experiência para aprender a nos desenvolver cada vez mais.
    Tenha uma excelente semana!!!

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  2. Boa noite, João.
    Um poema belo e envolvente.
    Esse tipo de dor é muito profunda,sem hora de passar, contudo, haverá o momento em que o sorriso brotará da lágrima jorrada,aos poucos,tímido, fortalecendo-se devagar.
    Parabéns.
    Beijos na alma.

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