quarta-feira, 1 de março de 2017

Poesias!? Escrevo em qualquer papel

 Em qualquer papel escrevo meus versos,
Até, as vezes, em papel que encontro na rua,
Em pedaços de jornais, confundindo as linhas,
Trocando os textos, as entrelinhas e contextos...
Em qualquer papel conto pedaços de minha história,
E as dores, que neles escrevo, continuam dores,
As saudades que conto, continuam saudades,
Limpas, puras, afinal não é o papel que faz a poesia,
A poesia é feita por si só. Escrevo poesias nas paredes
Do meu quarto em letras quase do tamanho delas,
Quase do tamanho de minha solidão, quase do tamanho
Da noite. Escrevo poesias em lenços que enxugaram 
Lágrimas, que se molharam em angustias contadas
Pelo pranto que a alma joga fora pelos olhos.
Escrevo minhas poesias em qualquer pedaço de papel,
Até mesmo em qualquer pedaço de mim onde se possa
Ler o que diz quem sou. As vezes escrevo versos
Fingidos quando a verdade tem que ser só minha.
Mas poesias! Escrevo em qualquer papel...
E as guardo dentro da alma.

José João
01/03/2.017

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