E uma emoção percorre desde mim até a alma
Num suave tremor de ansiedade, prazer e dor
E fico mudo, e uma surdez me toma o ouvir
De outras vozes, como se o silêncio precisasse
De apenas uma para lhe percorrer entre os vazios.
A cada instante chamo teu nome, e ele canto
Entre tristezas, ou até entre risonhas lágrimas
Que fazem da saudade um espaço pra viver,
E nos versos, os que tua ausência ensinou sentir,
Me permito, por ser tanto essa falta que fazes
Te guardar como sonho de infinda eternidade,
Te deixar toda e comodamente dentro de mim .
A completar-me como se sem te eu nada fosse.
Deixo que me tomes a teu prazer ou a gosto
Da saudade e me entrego pela tanta vontade
De fazer-me sempre teu, todo e sem reservas.
Dizer que ainda amo é brincar com as palavras,
É tentar dizer com elas, o que não pode ser dito,
Por que apenas a alma, no linguajar de um divino
Silêncio, pode te mostrar o que as palavras
São pequenas para dizer.
José João
07/03/2.017
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