sexta-feira, 14 de outubro de 2016

O eco de um grito.

Me perdi indo por caminhos desconhecidos,
Sem marcas, sem horizontes, cheios de silêncio,
Ia com passos trôpegos. pensamentos perdidos,
Palavras reticentes a se perderem no tempo,
Sem nada dizerem por serem tão pequenas para a dor
Que dentro de mim insistia em me fazer seguir...
E ia, não por querer, mas pela inútil e vã tentativa
De encontrar um lugar para fugir, não sentir...
Mas ela estava  dentro de mim, como parte viva,
A me fazer levar momentos que me sufocavam,
Me espremiam o peito, me molhavam os olhos,
Que gritavam um adeus que não queria ouvir.
As vezes me sentava na beira do nada buscando
Os porquês, mas o pensamento, em silêncio...
Por demência ou preguiça de pensar...nada dizia.
Os sonhos ficaram para trás, pálidos, desbotados,
E de repente um grito da alma? Onde estás?
E o eco do grito foi indo... até onde? Não sei...
Mas talvez, quem sabe, ela escute um dia...


José João
15/10/2.016



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