terça-feira, 20 de setembro de 2016

Só preciso que não vás

Todas as noites durmo abraçado com tua saudade,
Que me envolve doce e ternamente e me permite
Que os mais belos sonhos de nós dois sejam sonhados.
Me atento a ouvir, no silêncio sombrio da noite,
Minha alma, ainda te confessando esse amar eterno,
As lágrimas, como fossem sutis sorrisos dos olhos,
Te buscam na penumbra do tempo, te trazem toda
Em momentos que ficaram vivos dentro de mim.
Me entrego ao prazer de murmurar teu nome,
Num soletrar carinhoso, sonolento e sem pressa, 
Que até me faz crer que me ouves e me entrego,
Num delírio incontido de ainda te sentir minha.
Tua presença, dentro dessa saudade viva, é tanta
Que te sinto, parece loucura, mas... juro, é você.
Fico imóvel, sem quase respirar, para não espantar
O que não sei... se é pensamento ou um sonhar,
Mas não importa, só preciso que não vás, que fiques
Dentro dessa saudade que aprendi a viver.

José João
21/09/2.016


Um comentário:

  1. Aplausos José Joao!! Passei uns dias sem vir, mas novamente me encontrei em suas palavras e senti essa sua alma outra vez, tocando, atraindo a minha!! Lindo poema!! Toca o mais profundo daqueles que choram calados e esperam o regresso de si mesmos ou de suas metades. É uma honra.

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