segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Deixa-me vida ... viver meus sonhos

Deixa-me, ó vida minha, brincar de sonhar,
De correr por entre canteiros floridos, mãos dadas,
Sem nada pedir, sem mais nada querer e, ir...
Apenas ir, entre sonhos, abraços e beijos,
Mesmo os sonhos que não foram sonhados,
Os beijos que não foram trocados e os abraços
Que não foram sentidos, mas deixa-me, ó vida,
Fantasiar-me de fingidas verdades, vestir-me
De versos cheios de sentir, e da vontade de viver.
Deixa-me, ó vida minha, brincar de artesão, 
Tecer desejos e saudades em bordados e rendas,
E vestir minha alma do prazer de fazer-se bela
E fingir, engolindo os prantos, que não é triste,
Vida minha que se esconde nos tantos segredos
Guardados dentro de mim, que nem a poesia,
Ousa nos versos contados, contar sem fingir, 
Deixa-me, ó vida minha, fabricar meus sonhos
Como se fossem eles tudo aquilo de que preciso,
Que minto pra mim mesmo, em sincera mentira,
Que até finjo acreditar que não são sonhos...
São minhas verdades.


José João
05/09/2.016

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