segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Até sempre

                        
As vezes, e muitas, confundo chorar com sorrir,
Solidão com viver, silêncio, com gritos mudos
Que a alma, em alvoroço pela dor que sente...
Pela ausência que chora em desespero, grita.
Me perco nos caminhos por onde a saudade me leva,
E sem rumo, percorro horizontes que nem conheço,
Ouço o eco do meu grito moribundo chamando
Teu nome como fosse canção perdida no tempo.
Meus olhos acordam tristes, em lágrimas vivas
E vão traçando rotas entre o que não vejo
Apenas sinto. Escrevo versos perdidos,
Cheios de palavras que nada dizem, tão poucas
Para tanta tristeza, palavras sem sentido, vazias
De mim porque em mim tudo se fez nada...
Sou, talvez, um pedaço de tempo que se perdeu,
Um resto de sonho que agora se faz apenas dor,
Uma sombra que caminha com passos bêbados,
Tropeçando nos soluços que caem da alma...
Mas que, ainda assim, só sabe ser teu


José João
01/08/2.016


Um comentário:

  1. As vezes escolhemos viver de lembranças ao invés de ir em buscar daquilo que achamos que perdemos. As vezes um sonho não morre... ele apenas adormece, ou o deixamos dormir com medo de revivê-lo. Bjuss e como sempre muito lindo.

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