segunda-feira, 6 de junho de 2016

A eternidade de um olhar

Um olhar, apenas um olhar, e minha alma
Se entregou serva, te guardou como relíquia,
Te tomou como dona e se fez toda tua...
Todos os momentos ficaram teus, os dias,
Num ir e vir risonho, todos ocupados
Contigo, repletos de ti, vividos por ti.
As palavras se perdiam, tão poucas eram
Nada diziam porque nada podiam dizer,
Os sentimentos não permitiam e o mais longe
Que podiam chegar era, infinito... ou eterno.
E tudo pra nós era muito mais...muito além.
Nunca me permiti ser menos que ser todo teu...
Até hoje, quando a saudade me chega,
De mansinho, vindo de dentro da alma,
Me toma em soluços, depois os olhos,
Sempre atentos ao meu sentir, se iluminam
Em lágrimas que escorrem lentas no rosto
Como se querendo escrever teu nome...
E um sussurro como se fosse um pedaço de dor
Saindo de dentro de mim, tenta dizer:
Ainda te amo


José João
06/06/2.016

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