Qual cisne a debater-se em dor dolente
No convulsivo estertor que a ele toma
Com tristonho olhar ao mundo grita
Que a dor é dádiva apenas de quem ama
Tropeça nos próprios passos e o tremor
Que lhe aflige a vida a toma-lo em pranto
Lhe faz perder-se em sonhos mortos
Pois que a própria morte a ele é o encanto
Pobre cisne a rodopiar sobre o vazio!
A deitar-se na relva, lhe chega o cansaço
Abre triste as asas, implorando um abraço
Quanta dor! Sacrifício de almas carentes
Se toda essa aflição é dada por um adeus
Então belo cisne... sei a dor que sentes
José João
29/01/2.016
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