quinta-feira, 30 de julho de 2015

Uma história que não sei

Te amo, tanto que não sei como dizer
Te preciso, tanto que não sei como viver
Se porventura houvesse tempo a conferir
Não  lembraria, desde sempre te conheci

A que tempo e de onde o que importa?
És uma oração, a Ave Maria que aprendi
Se te vi? Em sonhos...não sei, não lembro
Mas me sinto todo, completo e repleto de ti

Se sofro por tanta falta, diz-me o que resta?
É a Ti, ó Deus, respeitoso... mas pergunto
Se escreves todos os destinos, que fizeste?
Nos separaste, não nos deixaste ficar juntos!

É justo sofrer assim? Pelo tanto que eu amo?
Beber as próprias lágrimas, juro, não reclamo
Mas fazer-me amante, órfão do próprio amor
Sem que escutes meu desesperado clamor!

Assim fazes que me seja dado a rebeldia
De ousar, a Ti, levantar a voz aos gritos
Não por falta de respeito e bem sabes
Mas pelo desespero, desespero dos aflitos

Me fazes chorar dolorido e queixoso  pranto
Como fosse um pássaro perdido de seu ninho
Que é só queixume a beleza de seu canto
Chora a dor de agora cantar e ser sozinho

Não me poupes se é sofrer o que me resta
Mas não me prives de sentir essa saudade
Viver esse sonho que nem sei se eu sonhei
Ou essa história que se um dia vivi...não sei

José João
30/07/2.015

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