sexta-feira, 5 de junho de 2015

As doloridas brincadeiras da vida

Nunca me olham nos olhos sem perguntarem:
Porque teus olhos são tristes? Não sei...
Dificilmente os vejo - respondo - sinto-os
Quando a tristeza faz a alma triste perder a voz,
Quando as lágrimas, cantando em prantos vivos,
Se fazem palavras mudas contando o que só sei chorar.
Talvez sejam lamentos pelo tanto amor que já vivi,
E que se foi... e como rastro deixou essa saudade
Desmedida, cheia de lembranças que ainda gritam
Vivas dentro de mim...como amei!! Amei tanto!!
Vivi um amor perfeito! Tão perfeito que se fez divino.
Amei, não como esse amor dito com palavras,
Esse amor que têm medo dos amanhãs...
Amei tanto que até os defeitos dela eram perfeitos,
Cheios de nós dois para vivê-los, entende-los,
Faze-los parte de nós. Amei assim...como hoje
Não sei mais amar. Talvez essa tristeza no olhar
Esteja muito além da saudade, da solidão, 
Talvez seja a dor de saber ser impossível ...
Amar assim outra vez... ou nem mesmo apenas amar.

José João
05/06/2.015







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